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publicação: Portal Mie - 19/10/2017

Visto para yonsei poderá ser liberado este ano


Com um novo tipo de visto de permanência para yonsei, o Ministério da Justiça pretende aceitar a vinda de milhares de jovens brasileiros e peruanos por ano.

O Ministério da Justiça do Japão parece estar decidido a introduzir um novo visto de permanência, o que permitirá a vinda dos descendentes de japoneses de quarta geração – yonsei – do Brasil e Peru.

O novo visto poderá ser introduzido até o final deste ano fiscal, ou seja, até março do ano que vem, segundo informação publicada pelo jornal Asahi desta quinta-feira (19). Para isso, o ministério abriu um espaço para comentários públicos.

As opiniões colhidas serão consideradas para a implementação do visto para yonsei.

O Partido Liberal Democrático já vinha solicitando ao governo a liberação, como uma das medidas para sanar a falta de mão de obra, desde maio deste ano. No entanto, há preocupação de que esse seja usado como uma válvula de ajuste para o “trabalhadores baratos”, como ocorre com os estagiários técnicos. 
 

Visto para yonsei 

O novo visto a ser concedido para os descendentes de quarta geração é para que possam trabalhar livremente no país.
 
A categoria desse visto poderá ser de “atividades específicas” (特定活動, lê-se tokutei katsudo).
 
As condições são de que o candidato tenha idade entre 18 a 30 anos, tempo de visto de permanência de 3 anos, com renovação a cada ano, sem o acompanhamento da família e conhecimento do idioma japonês. Isso inclui compreensão e escrita, no nível suficiente para conversação diária.
 
O Ministério da Justiça repetiu as palavras já usadas anteriormente. “Que eles sirvam de ponte entre a sociedade nikkei que vive no Japão e a sociedade japonesa”, explica. 
 

Queda dos trabalhadores nikkeis
 
Em 2007 havia 364 mil nikkeis – brasileiros, peruanos e outros sul-americanos – e após o Lehman Shock a queda foi brusca.
 
A queda chegou a 222 mil nikkeis no Japão, no final de 2016.
 
Visto para yonsei sem imposições
 
A professora Eriko Suzuki, da Universidade de Kokushikan, especialista no recebimento de trabalhadores estrangeiros, foi ouvida.
 
“Se for aceitar a entrada de nikkeis de quarta geração por terem ‘laço com o Japão’, impor a condição do conhecimento do idioma japonês é estranho. Deveriam ser recebidos como os de segunda e terceira gerações”, contesta.


Fonte: Asahi Shimbun
 
Foto:  Jang Office 
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